sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bebês

Gosto de bebês, todo mundo sabe disso. Uma das poucas coisas que pode salvar um dia ruim é um deles, simplesmente não consigo deixar de sorrir quando vejo um pequeno.

Eles têm aquela curiosidade primordial no olhar, tudo é novo, tudo deve ser descoberto. Ainda não cresceram e se tornaram criaturas arrogantes que acham que são melhores que outras, que desprezam coisas por acharem que não são dignas de sua atenção (e antes que me apedrejem pela última frase, não me excluo de forma alguma do grupo citado).

Para eles um iPad e um crachá de plástico são igualmente interessantes, ambos tem seu charme e devem ser devidamente explorados, seja tocando, mordendo ou jogando no chão.

Mas porque de tudo isso? A pergunta já deve ter passado pela cabeça de vocês.

Hoje, pela manhã, ao ligar a TV começou a passar um dos vários jornais matinais. A notícia: "Pai mata filho a facadas.". O filho, no caso, era apenas um bebê. Ao chegar no trabalho quis ler mais a respeito e digitei no google "pai mata bebe a facadas". Façam isso e, como eu, surpreendam-se com a quantidade de resultados.

O que dizer de vários grandessíssimos filhos-de-uma-puta covardes que matam quem não tem nem a menor chance de se defender? O que dizer de uma raça que sacrifica sua própria progênie?

É complicado generalizar, eu sei, mas numa hora dessas eu acho que o que a raça humana precisava era do maldito meteoro do tamanho de Júpiter (no mínimo) passando por aqui e acabando com tudo. Igualava as coisas pra todos, não? Todo mundo morto e fim de história.

Mas ia ser fácil demais.

2 comentários:

  1. Mais um capítulo nas confissões de um velho ranzinza!

    "Velho ranzinza, estou escrevendo para dizer que esqueceu de uma característica muito importante dos bebês: eles tem dentes!

    Não, não vem me dizer que os dentes não cresceram ainda, eles são retrateis, para surpreender suas vítimas.

    O resultado é uma infecção por abobalhamento que pode acabar com as bases do mundo como conhecemos, criando uma nova raça de abobalhados dominados por ditadores bebês. Estes pequenos ditadores criarão mercados gigantescos onde gritaram "Eu, quero isso!" a todo momento para as vítimas da praga!

    As pessoas costumam se esquecer disso, e não levam em conta que não existe vacina contra bebês. Esta será a primeira vacina que criarei quando dominar o mundo.

    Mas até lá, não esqueçam desse aviso, afinal 2012 está próximo e na agenda dos bebês, esta é a data!" :P

    Deixando a brincadeira de lado, acho trágico a notícia que te revoltou. Só não acho tão estranho a parte do "O que dizer de uma raça que sacrifica sua própria progênie?".

    Todos os animais fazem isso. Eles matam os mais fracos e os filhos de outros da mesma espécie. A raça humana tem o péssimo hábito de se achar superior por seus valores morais e se esquece que ainda somos um bando de animas selvagens, em selvas de concreto e aço.

    Sei que a notícia é revoltante, mas não acho certo colocar a humanidade em um pedestal ou no fundo do poço por isso. Não somos diferentes de nossos primos.

    Agora se me perguntar se acho certo, não, não acho. Sempre digo, criança é que nem cachorro, não quer manda, pra adoção. Eles vão encontrar alguém que vai amá-los de verdade.

    Apesar disso tudo, tenho fé na raça humana. Vai levar uns séculos, mas ela tem conserto, é só não deixar esse tipo de notícia te desanimar.

    Além do mais, para finalizar, Momento Sheldon: um meteoro do tamanho de Júpiter começaria a orbitar o sol antes de bater na Terra, tornando-se o mais novo planeta do sistema solar. Ou seria atraído pelo massivo campo gravitacional de Júpiter, colidindo com este planeta e não com a Terra.

    PS1: para quebrar o gelo, postei no twitter agira cedo: http://jovemnerd.ig.com.br/jovem-nerd-news/cinema/conheca-iron-baby/

    PS2: vou me lembrar deste post quando o pequeno Prisco nascer. Quero ver você dar seu iPad Plus 3000 para ele brincar de morder e jogar no chão! :P

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  2. acho que a gente está regredindo... Instituímos a cultura, saímos do mundo do instinto e desenvolvemos sentimento e razão para, no final, criar a bomba atômica, poluir o planeta e matar um indefeso, que confia cegamente no assassino.

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