quinta-feira, 8 de março de 2012

Constantes

A idéia desse texto já está na minha cabeça faz algum tempo. Uns 6 meses para ser exato. Ele ficava aqui, rodeando, rodeando, eu pensava nos primeiros parágrafos, o que escrever, como desenvolver a idéia que queria passar... mas não escrevia.

Todos temos constantes na vida: a xícara de café diária, sempre por volta do mesmo horário, o "tenha um bom dia" da esposa antes de sair de casa, e várias outras personalizadas a cada um de nós.

Eu tinha uma constante, um número de telefone. Queria saber como fazer feijão? Esqueci quantas xícaras de farinha vai no bolo? O que diabos é derreter chocolate em banho maria? Era só ligar que a voz do outro lado sabia. Ela sabia tudo. Melhor que o google. Eu amava, e ainda amo, essa voz e a dona dela.

Porém, a única constante verdadeira é que um dia tudo acaba. É um clichê? Uma frase zen-budista de biscoito da sorte? Não importa. É a verdade.

O número de telefone ainda funciona. Eu ainda ligo lá para saber essas coisas que vivo esquecendo e ainda tenho as minhas repostas - domo arigato, Imooto-chan - ainda amo a voz e dona dela. Mas a voz é outra. E essa mudança trouxe junto um vazio. Um vazio que dói toda vez que lembro dele. Um vazio que, eu sei, nunca vai ser preenchido.

E agora, no fim do texto, acho que entendo porque a idéia vinha e ia embora. Era a certeza, ainda que inconsciente, que escrever tudo isso seria encarar esse vazio de frente. Confesso que foi difícil mas, não sei ao certo explicar por que, necessário. Talvez um dia eu entenda, ou talvez não.

Quem disse que a vida é fácil?

sábado, 2 de julho de 2011

Vida em Sociedade

Dizem que o ser humano é um animal social, ou seja, precisa de um grupo de seus semelhantes à sua volta para se sentir confortável. Ou algo assim.

O grande problema com a sociedade reside na questão dos limites, aonde termina o seu espaço e começa o meu? Se você quer fazer algo que eu acho inaceitável como devemos fazer?

Um exemplo prático pra mostrar onde quero chegar: Moro em um condomínio, vários prédios de 3 andares com 12 apartamentos cada. No andar térreo ficam as garagens dos carros, sem muros, nem divisões, apenas as pilastras de sustentação.

Um dos moradores decidiu que seria uma ótima idéia criar coelhos na área das garagens, sem consultar nenhum dos outros 11 moradores ele simplesmente trouxe os animais, colocou recipientes para água e comida e os deixou lá, soltos. Vários morreram, novos apareceram e, no momento, contabiliza-se por volta de 9 animais.

O problema começa com o fato de que o referido morador apenas alimenta os animais, as fezes e urina dos mesmos ficam espalhadas pela garagem, invadindo a área dos outros moradores, como este que vos fala. Vocês sabem como é agradável sair de casa para mais um dia de trabalho e ser recebido pelo fedor de fezes e urina? Ou voltar pra casa depois de um dia de trabalho e ver que espalhou fezes pela casa simplesmente porque não tinha como não pisar nelas no percurso do carro até a porta de entrada?

Uma vez por semana as faxineiras do condomínio lavam tudo, mas quem jah teve/cuidou de coelhos sabe que bastam apenas 2 dias pra tudo estar do mesmo jeito.

Resumindo, devido a frustração de uma pessoa que amaria morar num sítio mas só pode bancar um apartamento popular todas as outras pessoas são obrigadas a conviver com essas condições precárias de higiene.

Mas calma que ainda tem a melhor parte! Segundo a convenção do condomínio é PROIBIDO manter/alimentar animais nas áreas comuns. Quer um? Mantenha no seu apartamento!

Já fiz diversas reclamações à administração do condomínio, todas infrutíferas. Alegam que não podem fazer nada, embora os culpados estejam mais do que identificados, em resumo, incompetentes pois uma administração que não consegue aplicar nem mesmo a lei que a rege não pode ser taxada de outra coisa, pode?

Ficamos então dependentes do julgamento de pessoas declaradamente sem o menor senso de vida em sociedade que sabem apenas olhar para seus próprios umbigos e se preocupar apenas com seus interesses. Não peço mártires altruístas que abdiquem do seu eu em prol do bem maior, apenas pessoas que saibam conviver em uma sociedade, considerando os outros antes de tomar suas decisões.

É pedir muito?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Coisas a fazer

Tenho uma pilha de livro a serem lidos, outra de DVDs a serem assistidos e mais uma, essa virtual, de jogos a serem jogados. Some ainda as coisas que tenho de estudar para me manter atualizado no meu campo de trabalho, para não enferrujar no inglês ou no espanhol.

Para melhorar a qualidade de vida, comecei a fazer boxe chinês. Planejando começar a correr para desenvolver resistência física.

Interações sociais são importantes (minha noiva que o diga) então reservar um tempo para interagir com os outros seres humanos que habitam o globo terrestre.

Não posso esquecer do pão nosso de cada dia! Trabalhar de segunda a sexta das 8h às 17h. Ainda um extra dando aulas aos sábados de manhã...

Fazendo as contas, chego à resposta que já imaginava: Tá faltando tempo para fazer tudo isso!

Alguém tem um pouco aí sobrando? Podemos negociar...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Divulgando...

Hoje nem vou falar nada, vou deixar os fatos falarem:


e


Tirem suas próprias conclusões.

Editando em 29/03/2011

Os links acima estão fora do ar, mas nada que o grande google não resolva!
Seguem novos links:

http://migre.me/48YTG

http://migre.me/48YYg

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Amor a pátria!

Todos os brasileiros amam ser brasileiros! Vestem com orgulho as cores de nossa bandeira, adornam a fachada de suas casas e apartamentos, e até mesmo seus carros, com a bandeira de nossa pátria! Enfim, somos um povo orgulhoso de ser quem somos.

É claro que isso apenas a cada 4 anos (ok, as vezes quando algum esportista se destaca na sua modalidade a moda volta também) e é justamente isso que me irrita tanto!

Nada contra o futebol, não gosto o esporte mas respeito o gosto. O que não entendo é essa demência coletiva que toma conta das pessoas, seja na copa, seja no brasileirão, seja em qual diabo de competição for. As pessoas simplesmente param de raciocinar! Discutem, brigam, se matam por causa de um jogo!!!

Se formos contabilizar as mortes, aposto e ganho que o futebol já matou muito mais gente que o RPG! E qual tem fama de jogo violento e satânico?

Esse patriotismo ocasional me deixa doente! Se ama sua pátria, ame o tempo todo porra! Para com essa maldita hipocrisia de amar o Brasil durante a maldita copa e meter o pau o resto do tempo. Patriotismo de boteco, não!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bebês

Gosto de bebês, todo mundo sabe disso. Uma das poucas coisas que pode salvar um dia ruim é um deles, simplesmente não consigo deixar de sorrir quando vejo um pequeno.

Eles têm aquela curiosidade primordial no olhar, tudo é novo, tudo deve ser descoberto. Ainda não cresceram e se tornaram criaturas arrogantes que acham que são melhores que outras, que desprezam coisas por acharem que não são dignas de sua atenção (e antes que me apedrejem pela última frase, não me excluo de forma alguma do grupo citado).

Para eles um iPad e um crachá de plástico são igualmente interessantes, ambos tem seu charme e devem ser devidamente explorados, seja tocando, mordendo ou jogando no chão.

Mas porque de tudo isso? A pergunta já deve ter passado pela cabeça de vocês.

Hoje, pela manhã, ao ligar a TV começou a passar um dos vários jornais matinais. A notícia: "Pai mata filho a facadas.". O filho, no caso, era apenas um bebê. Ao chegar no trabalho quis ler mais a respeito e digitei no google "pai mata bebe a facadas". Façam isso e, como eu, surpreendam-se com a quantidade de resultados.

O que dizer de vários grandessíssimos filhos-de-uma-puta covardes que matam quem não tem nem a menor chance de se defender? O que dizer de uma raça que sacrifica sua própria progênie?

É complicado generalizar, eu sei, mas numa hora dessas eu acho que o que a raça humana precisava era do maldito meteoro do tamanho de Júpiter (no mínimo) passando por aqui e acabando com tudo. Igualava as coisas pra todos, não? Todo mundo morto e fim de história.

Mas ia ser fácil demais.

sábado, 22 de maio de 2010

Escola Pública ainda ensina?

Infelizmente, acredito que a resposta seja NÃO. Tenho contato com pessoas que lecionam em escolas públicas e, embora não seja correto generalizar, o retrato que tenho é de uma instituição que perdeu sua função.

Antes vale ressaltar: Estudei em escolas públicas até a terceira série (modelo antigo). Da quarta a oitava estudei em escola particular, mas depois voltei a completar meu colegial numa pública.

Preciso pesquisar mais a respeito sobre o tal "modelo frânces" atualmente adotado, mas logo de cara já se percebe um pequeno problema: aqui NÃO É A FRANÇA, diabos!!! Como esperar que num país de terceiro mundo, com a maioria da população abaixo da linha da pobreza, um modelo de ensino feito para um país desenvolvido, e com uma realidade social totalmente diferente, funcione? Talvez com adaptações, mas só talvez também.

O que temos hoje se resume a frase de um aluno para a professora (no caso, minha irmã): "Dona, não se preocupa em passar coisa pra fazer, eu não vou fazer e ainda vou passar de ano.". O antigo medo que, presumo que a maioria de nós, tínhamos de repetir de ano não existe mais. Agora você pode ser um imbecil completo que não sabe somar 2+2 e ainda sim ter seu diploma de ensino médio! Maravilha não?

Não vou generalizar, devem existir ótimos alunos se formando nas escolas públicas, alunos com consciência que conversam com os professores, que se interessam pela matéria e fazem as atividades propostas.

O último paragrafo soou como piada para você? Infelizmente, para mim também.

E esse é o futuro da nação. Que os Deuses nos ajudem.

Abraços